terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Precisamos de mais amor próprio

 

VI – Os Enamorados

Precisamos de mais amor próprio. Abrace-se. 

Por quê?

Porque sem amor próprio andamos em círculos, já com amor próprio, seguiremos em espirais. Evoluindo. Em si e além de si.

Porque assim como uma casa precisa de iluminação à noite, precisamos do amor para clarear nossas escuridões. E só com amor lidaremos bem com elas. E só através do amor conseguiremos integrá-las corretamente.

Porque é através do amor que nos aventuramos em nós mesmos para assim tomarmos consciência do que somos...

De quem somos...

De onde viemos e aonde iremos.

Porque através da mente, só seremos capazes de: analisar, criticar, julgar, dividir, separar e, principalmente, temer. A mente é medrosa, pois o ego é medroso.

A coragem está além da mente. E, precisaremos nos amar, para ter a coragem de sermos nós mesmos. Precisamos de coragem e amor para irmos, mesmo com medo.

Precisamos do amor para aceitar que estamos medrosos e imperfeitos.

Por que amor?

Porque somente pelo amor, há renascimento, crescimento, expansão, realização e união.

Ame-se a cada passo.

Mesmo que o mundo diga que você não merece amor algum.

Ame-se a cada respiração.

Mesmo que não se entenda ainda.

Ame-se, relembre este caminho, e tudo se fará claro.

Ame a si mesmo e esse amor será o farol que guiará a sua rota em qualquer mar que esteja navegando.

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Entre perguntas... V

Onde está o seu amor?

Em você?

Ou no outro?

 

Em você, ou nas coisas?

Numa casa?

Num carro?

No trabalho?

 

Numa expectativa? Num sonho? Num desejo?

 

Num tempo? Passado ou futuro?

 

A quem ou a que você deu seu amor?

Por que você o tirou de si mesmo?

Que tal seria colocar o seu amor no devido lugar?

:Em você!

 

Não no CPF. Nem no eleitor. Nem no cidadão. Não no ego.

Porém no você. De fato. No de verdade. Que tal?

 

Qual o 1º passo para retomar o seu amor?

Hoje estamos sós, amorosamente, entre perguntas.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Pau que nasce torto nunca se endireita!

 

♣ Ás de Bastões

“Pau que nasce torto nunca se endireita!”

Será mesmo? Olhe para os seus “paus” aí! Qual o problema do torto? E qual a benção do direito?

Até porque como diz o poeta, Nicolas Bher: “Nem tudo que é torto é errado, olhe as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado”!

Portanto não se feche nesses destinos presumidos, sejam eles tortos ou direitos! Permita-se outros finais, outros enredos para as suas histórias e outros começos quiçá!

Entusiasme-se pela vida. A torta e a direita!

Traga mais espírito e energia para o seu dia a dia, para o viver. Isso lhe ajudará a desentortar - caso seja necessário - o que entrouxou e a entortar o que anda certinho por demais. 

Caminho do meio com entusiasmo é a dica d’quinta pra hoje!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Aprender e continuar não sabendo

V – O Hierofante

Eu não sei... E não saber me permite crescer mais...

Mas é preciso ter curiosidade para continuar se lançando em ignorâncias!

E humildade para se conservar com um espírito de aluno ávido em aprendizagens.

Aprender e continuar não sabendo... Assim se alimenta a alma ávida em experiências.

Não se limite ao: já sei tudo sobre isso, já sei de cabo a rabo!

Olhe direito, pois sempre há mudanças ocorrendo: no sujeito que aprende e no objeto de estudo. Sempre surge uma nova perspectiva... Um detalhe... Uma vírgula... Uma ruga...

Por isso se permita estar cheio e vazio ao mesmo tempo.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

A linguagem da chuva

Busco aprender a linguagem da chuva...

Encontro-me no silêncio anterior a primeira gota. Aquele silêncio-estático-paralisado-sem vento antes do fluir do céu em líquido. Aquele silêncio das nuvens antes do riso e do choro que é chover.

Na verdade, essa linguagem da chuva é bem antiga e está esquecida até.

Busco na verdade me desaprender, para reaprendê-la – que é relembrar, na verdade, dessa linguagem ancestral. Uma ancestralidade perdida... Um tesouro, escondida nas ruínas do ser – este algo que já construímos destruído em aparências.

Assim busco me relembrar essa linguagem da chuva...

... para me comunicar em gotas e umedecer o céu, e depois cair para fertilizar a terra e abrandar o fogo.

... para voar na sintaxe sagrada. Cheirar os fonemas da água acariciando os grãos de chão.

... para encontrar os trovões dos meus sussurros e iluminar minha escuridão com os relâmpagos dos meus gritos.

Pois a linguagem da chuva tem o amor e a fúria, o silêncio e o som, o ser e o nada...

Pois a linguagem da chuva traz uma nuvem em cada pingo e cada pingo traz, em si, a semântica da inteireza de Deus.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Por que corres, criança? ­II

 

IX – O Eremita

Por que corres, criança? ­— é a pergunta que esse ancião te faz.

A pressa vem pela comparação. Você se compara ao outro, compara a sua vida com a do outro e se afoba...

Pois acredita que não tem o bastante ainda, não é tão bom quanto o outro ainda... Juntamente a isso, crê que tempo é dinheiro. E dinheiro não dá em árvore. E que é preciso correr, lutar, matar um leão por dia. Pois o tempo urge. E quem espera nunca alcança. E é preciso garantir o pão de cada dia com suor e sangue. E por aí vai.

Ufa!

Não há nada errado em correr. Mas já vi gente que na pressa de estar em movimento, nem sabia por que corria. Ou sequer sabia que estava correndo até. Nem sabia que havia outras opções de correr além.

Assim, quando correr, saiba porque está correndo; corra com sentido. Corra preenchido. E busque outras possibilidades. Abra-se a elas. E, se optar por correr, corra atento. Ou ande atento. Parou? Esteja parado e atento.

Lembre-se de seus porquês. E coloque atenção no como faz o que faz.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Por que corres, criança? I

 

IX – O Eremita

Por que corres, criança? ­— é a pergunta que esse ancião te faz.

Não tenha tanta pressa de... Não tenha tanta pressa para... Aproveite o passo. Você já está em qual mesmo? O primeiro foi igual aos demais? O cansaço altera o seu passo; a firmeza, a intensidade, a vontade?

Atente-se a sua respiração enquanto caminha.

Perceba se está pisando direito. Perceba seu peso na sola dos pés. Está distribuído igualmente? Você pisa mais forte com lado esquerdo ou direito dos pés?

Você anda na ponta dos pés ou no fundo dos calcanhares?

Há calos em você? Há algum doendo agora? Se sim, é possível parar e cuidar disso?

É possível mudar de calçado? Ou tirá-los e caminhar descalço?

Já prestou atenção onde está caminhando agora? Olhe a paisagem.

Há árvores pelo caminho? Se sim, é possível conversar com elas?

Você não é do tipo de pessoa que conversa com árvores?  Está tudo bem se não for, mas já adianto que está perdendo diálogos incríveis!

(...)

As árvores te chamam para suas sombras.

Sai do sol! Desce do salto! Desafrouxa a gravata!

Pegue uma fruta, devore a polpa e lambuze-se.

Deite e tire um cochilo.

Enraíze-se numa sombra de árvore, para nutrir-se de chão e vegetação.

Sonhe, aproveite e.

Do chão, olhe as folhas no céu.

É preciso de boas raízes para boas ideias. É preciso de fundas raízes para novos ares. É preciso de profundezas para colher as primeiras gotas de chuva.

Sem grãos não se faz um céu e não se chega a azuis mais profundos.

Enraíze-se. Com as árvores. Aprenda.

Precisamos de mais amor próprio

  VI – Os Enamorados Precisamos de mais amor próprio. Abrace-se.  Por quê? Porque sem amor próprio andamos em círculos, já com amor pr...