sexta-feira, 30 de julho de 2021

Brilhe, mude a chave e solte.


 

Trio da Semana: A Estrela – Ás de Espadas – Dez de Espadas

XVII A Estrela



Quanto mais escuro for o céu com mais luminosidade suas estrelas brilharão. Dito isto, não tenha medo do escuro. Não se esconda embaixo das cobertas. Na verdade, tire todas as camadas que escondem sua luz. “Brilha, brilha, estrelinha...”

Confie. Acredite. Onde está a sua fé? Tire os olhos do chão e olhe para o céu. Ame. Confie no amor. Você está fazendo a sua parte? Se sim, então confie. Os resultados daquilo que plantou estão chegando.

Limpe. Jogue fora seus exageros para que você possa fluir como um rio. Ou orbitar na sua constelação em coloridos espirais.

 

01♠ Ás de Espadas



A mente é uma dádiva. Infelizmente, o ser humano tem o hábito de transformar dádivas em maldições. Hoje o comportamento compulsivo da mente a transformou numa maldição. E hoje, os seres humanos estão viciados em pensar. Pensamos compulsivamente e isto nos adoece e nos traz dor e sofrimento. E, como baseamos grande parte da nossa vida através do consumo, afinal os tempos são líquidos – não é mesmo Bauman? – estamos consumindo com e sendo consumidos por mentes compulsivas.

Esse ás te convida a mudar a chave da mente. Tire ela do controle e assuma-o. Transforme a atividade compulsiva da mente em uma atividade consciente. Vai ser fácil? Depende. O que é fácil e o que é difícil para você? Valerá a pena? Provavelmente com certeza! Tudo que investimos em nós vale a pena; vale cada gota; cada átomo.

E como se muda essa frequência da mente de compulsiva para consciente? Meditação – ei, nada de virar o olho para meditação, ai, ai, ai... – mindfulness, Ho’oponopono, mantras; trabalhos manuais; atividades físicas e força de vontade, desejo, querer, intenção, não resistência e muito mais. E aí, topa virar essa chave? — pergunta esse ás.

 

10♠ Dez de Espadas



Solte o peso. Solte a necessidade de que tudo tem de ser pesado; de que somente o sofrimento e o esforço dão mérito às conquistas.

Perceba se o peso é da coisa em si ou é você quem agrega este peso a ela. Solte a necessidade de provar algo a alguém.

Perceba se tudo o que você vem carregando sozinho é realmente necessário, ou se não é uma necessidade sua de bancar o salvador.

Por que pense aqui comigo: se Jesus que é Jesus, carregou uma cruz; imagine então quantas você precisaria carregar, certo? Errado!

Portanto largue esses paradigmas e solte o mundo das suas costas. Ei, você, você mesmo que está lendo isso aqui, o dez quer te contar mais uma coisa: não cabe a você carregar o mundo!

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Inspire-se!

 


01 Ás de Bastões

Hoje é a quinta quinta-feira de julho! A quinta dica de Quinta do mês. É muita quinta! Enrolações a parte, vamos a quinta diquinta (dica + quinta).



Esse arcano te convida à inspiração.

Inspiração: ideia repentina e momentânea; iluminação. Ilumine-se. Não no sentido de ascender, virando um ser ascensionado; mas se conseguir está valendo! Quem sou eu para barrar novos deuses! Ilumine-se no sentido de não se apagar. De seguir mais seus insights. De não permitir que suas ideias iluminem apenas a sua mente.

Inspiração: algo ou alguém o qual inspira, incitando a capacidade de criar. Reconecte-se às Musas. As gregas mesmo, aquelas entidades que inspiram as criações artísticas e cientificas. Calíope, Clio, Erato, Euterpe, Melpômene, Polímnia, Tália, Terpsícore e Urânia – as nove filhas de Memória e Zeus. Convoque as Musas e crie uma vida com mais poesia, tornando-a mais bela, rítmica, com estruturas harmônicas, sensível e etc.

Inspiração: resultado do que foi criado a partir de um estímulo de criação. Olhe em volta. Isso é resultado da sua criação. Independente de bom ou ruim – aliás, o que está a sua volta é bom ou ruim? – independente disso, melhore. Melhore seus estímulos criativos. E suas criações.

Inspiração: inserir ar pelos pulmões. Inspiração. Expiração. Inspire, expire, respire. Respire – inspirando e expirando – e viva mais inspirado. É quinto conselho de Quinta do mês pra hoje, a semana e a vida.



sexta-feira, 23 de julho de 2021

Tire o escafandro do armário!

 


Energia da Semana: 25/07 à 31/07/2021

Trio da Semana: A Sacerdotisa – Dois de Bastões – Cavaleiro de Bastões

II A Sacerdotisa

Aprofunde-se. Mergulhe-se. Fundo. Saia do raso de si mesmo.

Saia das suas obviedades e superficialidades. Mergulhe mais fundo. E se não der pé? Se não der pé, melhor ainda. Explore-se onde não dá pé em você. E, para que chegue a funduras extremas, aconselha-se tirar o escafandro do armário e afundar-se! Pode ser uma roupa de mergulho com tanque de oxigênio, mas o escafandro é mais romântico. E, quase nunca, tenho a oportunidade de usar essa palavra. Lá vai ela mais uma vez: escafandro. Vá de escafandro.

Lá nas suas profundezas, há tesouros incríveis. Há forças inimagináveis aguardando para serem despertadas. Há uma sabedoria ansiando para ser colocada em prática. Submerso em você, há um universo inteiro adormecido pronto para explodir em Big Bang.



Talvez você precise passar por tristezas para alcançar tudo isso e traumas, medos, mentiras, memórias... Vai saber os monstros que você criou para proteger esses tesouros, não é mesmo? Lá no seu profundo, há um silêncio querendo – e aguardando – para conversar com você. Pare de fingir que essa beira rasa que você está hoje te satisfaz.

Mergulhe em si. É o que te sussurra essa sacerdotisa.

 

02♣ Dois de Bastões



Encontre o seu ritmo. O ritmo certo para você. Afine-se para que saiba se é para parar ou continuar. Só você pode saber de fato isso. Perceba os sinais, faça uma análise da situação, olhe as sincronicidades, as circunstâncias e decida.

Parar não significa desistir necessariamente. Talvez você só esteja indo pelo lado errado, ou do jeito, ou com as pessoas, ou com a energia errada. Pare e ajuste o rumo. Entenda o que está te travando. Se é um medo de falhar ou perder que está criando uma resistência de se mover, perceba o seguinte: esse medo não é você, essa possível falha não é você, a perda não é você.

Já, se as coisas estiverem fluindo, que ótimo! Aproveite o vento e siga. Aperfeiçoe o foco, concentre-se e siga a onda.

Paro ou vou adiante? — Não importa! O que importa é o como você viverá a situação e não tanto a situação em si. Ajuste o seu ritmo, que a situação se ajustará a você. É o que esse dois lhe diz hoje.

 

♣ Cavaleiro de Bastões



O ano era 1992. Ou 1991. O programa era o Programa Legal – apresentado pelo Luiz Fernando Guimarães e a Regina Casé. Num certo episódio, o tema foi a Bahia e os baianos. Já sabe o que vem disso, né? Em um dos quadros, o Luiz e a Regina estão cada qual em uma rede, bem preguiçosos e soltam com o sotaque baiano bem carregado:

 — Dormir é bom. O problema é que dá uma preguiça pra acordar!

Pois bem, saia dos marasmos e apatias. Saia das preguiças. Saia do “pra que fazer hoje, se posso fazer algum dia”. Olha o caminhão do desânimo passando aí na sua rua! Deixe ele passar, xô! Acorda, ô sorumbático! Desliga o “Ó, céus! Ó, vida! Ó, azar!”.

Aventure-se! Esse cavaleiro te convida a ousar mais e recusar menos. E a acender seu ânimo! Mas também não é para virar um destrambelhado, visse? Perceba onde estão suas apatias e recusas, o porquê do desânimo, para a partir disso se abrir mais às possibilidades e buscar a forma de mudar essa postura. Permita-se aventurar; quem sabe você não acaba encontrando bem-aventuranças por aí? É a sugestão desse cavaleiro.




quinta-feira, 22 de julho de 2021

Um céu me contou que...

 


Outro dia ia meio que andando em pensamentos e vi um passarinho cantando saltitante pela grama. Será que cantava para mim? Prepotência! Rsrs...

Foi tão lindo! Nenhuma palavra abarcaria aquela cena! Pensei em filmá-la com a câmera do celular, mas não quis perder aquele momento sublime pegando o celular do bolso. Também tem o fator que a câmera do celular não é o mesmo que o meus olhos. E que, diferente dos fotógrafos, eu não consigo suprir essa diferença a meu favor.

Sou melhor em viver momentos a registrá-los com câmeras! E, como um bom canceriano, sou muito bom em registrá-los em minhas águas.

Tenho bons momentos registrados em boas fotos; porém tenho muito mais momentos registrados em péssimas fotos – ou nenhuma, e em boas águas.

 


Outro dia meio que sentado na grama registrando céus da tarde – mais uma vez pensei em registrá-lo, mas enfim você leu o discurso do porquê acabei por não o fazer! Blá, blá, blá, não sou um bom fotógrafo, mi, mi,mi... Enfim, quando muda-se os olhos, muda-se o olhar e prefiro o meu, ao do celular!

Estava lá olhando céu e de repente eu era o céu. E, como céu, me senti tão grande e infinito. Será que o céu também sentiu a mim e minha infinitude? Mas a infinitude do céu parece mais espalhada que a minha. A minha é contida por pele e corpo; como a casca de um fruto; como a semente antes de explodir em árvore. Quais as minhas explosões? Quais universos crio? Foram alguns pensamentos que me voaram.

E já que eu era céu e era tão grande – sabe, grande mesmo! E como era tão grande e infinito –espalhado e profundo – profundo é uma boa palavra? Não sei, mas me parece válida agora. E azul! Também era azul. E como era tanta coisa e tão onipotente e presente, me senti pai de Deus. Pela primeira vez na vida me senti pai de Deus. Não me senti maior do que Ele, porém pai e da mesma qualidade. Cresci sendo filho, amigo – sabe o Sam da trilogia Senhor dos anéis? Gosto de imaginar Deus como meu Sam às vezes.

Acho que não faltei com respeito a Ele. E acho que Ele não se importaria de brincar de ser meu filho. Afinal pais brincam com seus filhos, certo? Adultos brincam com crianças. E, apesar de infinito, ainda sou uma criança nesta criação. E Deus como pai e adulto, brincou com seu filho e criança naquele céu da tarde profundo e azul.

Então me imaginei ensinando Deus a andar de bicicleta. Já sem as rodinhas laterais. Ele sentadinho na bicicleta ainda inseguro, eu ao seu lado segurando, em um dos guidões, ajudando-O no equilíbrio, correndo e orientando-O. Aí O empurro e solto e continuo correndo, agora um pouco atrás; vendo-O andar sozinho pela primeira vez.

Ele foi se distanciando, fiquei O olhando admirado e orgulhoso; olhando aquela nuquinha suada com cabelos grudados abaixo do capacete, rindo e gritando. Ele acaba percebendo que não estou mais ao seu lado, olha para trás, distrai-se e – PUM, cai!

Corro até Ele, comemorando, pois Ele conseguiu andar sozinho. Ele me olha confuso, aquele olhar: choro muito ou um bocado? Eu falo: — Levantai-Vos, Filho! — Eita... Que bíblico! Voltando ao papel: — Levanta, Filho, Você andou sozinho um pedação! Você é o Cara, véi! — Sento no chão com Ele, O conforto em meus braços, vejo se há algum machucado. Nada grave, ufa!

Brincamos mais. Encorajo-O a montar novamente na bicicleta e continuamos nossas aventuras de pai e filho. Voltamos para casa caminhando juntos. Do lado direito, Ele segurando minha mão e tagarelando horrores, assuntos dos mais diversos. Do outro lado, carrego a bicicleta pavoneando-se, pois não tem mais aquelas rodinhas de criancinhas! Um lanche na padaria pra encerrar nossas aventuras? Parece perfeito...

Um cachorro veio cheirar meus pés e despertar-me da minha imaginação e brincadeira. Imagino que esse cachorro é na verdade um recado de Deus dizendo que adorou brincar de ser meu filho. Um recado amoroso e com focinho gelado. Infelizmente o recado durou pouco, um dono se desculpando veio recuperar seu cachorro.

Ainda fiquei um pouco ali, curtindo tudo. Afinal ó céu era tão profundo que pedia isso. Era tanto azul para absorver. Ficaria ali pra sempre. Saímos dali, agora como Frodo e Sam, e voltamos para casa, mas sem anéis perigosos – só uma volta pelo Condado. Quem sabe um lanche na padaria para encerrar nossas aventuras? Parece perfeito!



quarta-feira, 21 de julho de 2021

Putz, chamei o auditor!

 


♠ Rei de Espadas

“A verdade está lá fora”... Mentira! O agente Fox Mulder te enganou. Rsrs... Quem, como eu, assistiu a série Arquivo X, está bastante familiarizado com essa frase, que ficava escrita em um poster pregado em uma das paredes na sala desse agente do FBI.

E esse rei vem para por essa crença abaixo; porém, para que isto ocorra, é necessário que se instaure uma auditoria interna. Chame seu auditor – no caso você mesmo! Até porque você só pode aprimorar a si mesmo. Como diria João, o Cabral de Mello Neto: “essa é a parte que te cabe deste latifúndio”. Você é a parte que te cabe, você é o território que te cabe deste latifúndio de meu Deus.

E a verdade está dentro de você. E como se tem acesso a ela? Comece parando de mentir para si mesmo, sobre si mesmo, em si mesmo. Pare de tampar o sol com peneiras. Pare de fingir que não vê seus erros, que não vê o que está errado em sua vida. A sujeira embaixo do tapete, não deixa de ser sujeira ao ser escondida; escondê-la não mudará a essência dela.

Perceba o seguinte: seus erros não são você! Os problemas da sua vida não são você. As sujeiras embaixo do seu tapete não são você. Pare com essas personalizações – ou seja, pare de transformar em você o que não é você. Assumir esses erros, problemas e sujeiras não tornará você nisso. Entretanto te trará verdade. E assim a verdade estará aí dentro e não mais lá fora.

Auditar significa examinar, ajustar, corrigir, certificar. Assim, o propósito da auditoria é o exame de algo ou alguma coisa – no caso aqui, você. Além disso, ela serve também para conferir todos os fatos e operações acontecidos a fim de apontar eventuais desvios. Desse modo, quais as fraudes internas você anda fazendo? Quais artimanhas, invencionices, negociatas, tapeações internas andam ocorrendo em suas surdinas?

Portanto audite-se! Faça esse autoexame, corrigindo seus filtros perceptivos; examinando se suas ações condizem com seus planos e sonhos – faço o que penso e sinto? – ajustando a direção de seus impulsos; coferindo onde você se desvia e por que; etc. Bem, esse é um caminho sem fim. Muita coisa poderá surgir nele, mas ele trará mais realidade e verdade internas para você.

E este foi o conselho real de Quinta pra hoje, a semana e a vida.

sábado, 17 de julho de 2021

Reaja! Chama seu cientista maluco!

 


Energia da Semana: 18/07 à 24/07/2021

Trio da Semana: Os Enamorados – Quatro de Taças – Pajem de Espadas

 

VI – Os Enamorados

 O encontro de duas personalidades é como a mistura de duas substâncias químicas: se uma delas contactar a outra, ambas se modificam”. Carl Gustav Jung




A união faz a força. Una-se, conecte-se! Mas antes de sair por aí se conectando a outros, conecte-se a si primeiramente. Reconecte-se. Reconcilie-se. Reaja quimicamente, consentindo ao amor agir e reagir em você.

Esse arcano te convida a brincar de cientista maluco – talvez nem tão maluco assim. Para tanto pegue seus equipamentos laboratoriais como tubo de ensaio, Erlenmeyer, balão, pipeta, Becker e química à obra!

Hora de colocar seus sentimentos em ação – ou melhor, reação! Faz aquela limpa no seu armário de sentimentos. Jogue fora o que não serve mais, o que não sente mais – e não vale a pena mais sentir! Pegue aquele que você tem evitado usar. Aquele, sabe aquele que você tem medo, ou vergonha, ou acha bobagem? Ele mesmo! Experimente.

Revisando, misture-se amorosamente e perdoe-se. Você é aquilo que pode ser e, o que pode ser, está mudando constantemente. Portanto perdoe aquilo que foi e o que é. Reaja-se, conecte- se e reconcilie-se. E aí, quando estiver cheio de sentimentos novos e borbulhantes; ofereça-os a si mesmo e aos outros. Quem não quiser aceitá-los é quem sairá perdendo. E quem for de papel que se rasgue, pois você estará por aí fazendo borbulhas de amor – e do que houver, à luz da lua, das estrelas, do sol, dos postes e da p#rra toda!

 

04♥ Quatro de Taças


Aproveita que você já está no clima das misturas, pega a coqueteleira e faz novos drinques emocionais. Se a analogia anterior com cientista ficou muito longe da sua realidade... Seja o bartender das suas emoções. Prepare e beba novas emoções. Permita-se. Experimente novas emoções ou as sinta de novas formas. Perceba quais os porres emocionais anda tomando e o tipo de ressaca que anda tendo. Quais “farras” emocionais já não fazem mais sentido para você?

Esse quatro se embala na ideia do arcano anterior e diz: teste, experimente, misture suas emoções e experiencie o novo – ou o velho, mas com uma nova postura. Experiencie um novo jeito de se relacionar consigo e com o outro com mais carinho, respeito e menos preconceitos, julgamentos e críticas.

 

♠ Pajem de Espadas


A lagarta, em sua evolução natural, se transforma em borboleta. E você? Qual seria o seu próximo estágio? Se você pudesse entrar em um casulo, o que sairia de lá? Quem sairia de lá? Esse lindo pajem te convida a refletir sobre isso. Quem você quer ser amanhã? Como será, onde será, como se relacionará, o que pensará e como, o que sentirá e como e etc.

Ele te pede que pare de apontar o espelho para o outro e comece a virar esse espelho para você. Olhe-se com sinceridade, percebendo suas vulnerabilidades, reais intenções, hipocrisias, mentiras, orgulhos, violências, raivas, julgamentos; expectativas de perfeição, exigências... Seja sincero nesse autoexame, mas também carinhoso. Honestidade e não-violência neste exercício, ok?

Perceba quem é esse ser que você construiu, o quanto dele é real e quanto é ficção. Quanto de você foi criado por uma necessidade de ser amado, aceito, visto, elogiado, reconhecido, valorizado e etc.? Quanto anda custando manter esse personagem fictício ativo nos palcos da sua vida? E de onde esse personagem vem tirando a energia para permanecer existindo?

Visto isso; faça seu casulo e, a partir do que você vir no espelho, responda: quem será você? No que ou quem me transmutarei neste casulo? Quem sou eu? Quem me permitirei ser?

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Pare e reflita-se!

 


04 Quatro de Espadas

Pare e pense.

Você já viveu muitas batalhas.

E pensar? Você já pensou as muitas batalhas que viveu? Quais despojos, quais perdas elas trouxeram... Há um ditado que diz: Vão-se os anéis, mas ficam os dedos. Bem, sei de batalhas que levaram até os dedos. Já lutou? Essas batalhas, que levam até os dedos? Aí, você me responde:

— Meu bem, já lutei batalhas que levaram o braço inteiro! — E eu retruco:

— Ô, “exagerado, jogado aos meus pés”; para de show que você nem é o Cazuza! — Mas, voltando, o que você sente? Quando olha para a mão sem dedos, o que você sente? O que sente sobre esses dedos – e até braços inteiros – arrancados nessas batalhas?

Pare e sente.

Pare e pense sobre o que sente. Reflita-se. Essa é a proposta desse quatro para hoje. Reflita suas batalhas – as passadas e as de agora até. Agora é o momento de calmaria. Retire-se. Arrume-se. Guarde-se. Medite-se.

Ei, você! Você mesmo, que está lendo isto aqui! Chega mais perto para ouvir o que essa carta tem a lhe dizer:

— Você não precisa ser forte o tempo todo. Tudo bem jogar a toalha. Tudo bem lamber as feridas. Tudo bem parar para sarar. Lamba onde os dedos caíram. Pode lamber! Cure-se, caso queira voltar a vestir armaduras e desembainhar espadas.

Ah, mas ó, essa é uma parada estratégica. Tem começo, meio e fim. Não é para botar a sofrência no modo “ON” e remoer dores, ressentimentos, rancores, incorporando a Vítima das vítimas; nananinanão! Essa parada é um autoestudo. Brinque de Sun Tzu.

— Oi, como assim? — Já ouviu falar do livro A arte da guerra? Sun Tzu foi um pensador e general chinês; é o autor desse livro de 500 a.C., o qual é muito utilizado hoje, e – de tratado de guerra – é praticamente uma bíblia de planejamento e liderança para administradores. Bem, fica aqui uma dica de leitura e este exercício: brinque de general, de planejador e estrategista.

Pare e analise suas batalhas, percebendo os atos falhos, os precipitados, os imprudentes; reconheça os erros e acertos; investigue se os acontecimentos “imprevistos” eram realmente inesperados; mude o que for necessário e etc. Bem, você é o general e saberá o que fazer! E, caso não saiba, chame alguém que saiba. Ei, você! Você mesmo, ouve mais esta: tudo bem não saber tudo, ok?

E essa foi a dica de Quinta pra hoje, a semana e a vida.

sábado, 10 de julho de 2021

May the force be with you!

 


Energia da Semana: 11/07 à 17/07/2021

Trio da Semana: A Força – Oito de Moedas – Três de Bastões

A Força

“May the force be with you”. Que a força esteja com você. A frase mais famosa da saga Star Wars está aqui para ilustrar que você tem a força, é invencível, “Vamos amigos/ Unidos venceremos a semente do mal/ La la la la la la la la la la la/ La la la la la la la la la la He-Man/ La la la...”. Eita, misturei os universos aqui!

Não importa! O fato é que você é o herói da sua história. O herói que derrotará o Império e reestabelecerá a paz da sua galáxia. A força te acompanhará para que você seja essa possibilidade, contudo, como a vida aqui se faz no cinza, na dualidade; sinto informar que você também é o vilão.

E esse arcano te convida a trazer esse vilão para o seu lado. Hora de baixar a bola dos Esqueletos e Stormtroopers que estão dominando suas galáxias nada, nada distantes. Aqui nessa carta, porém, não há morte. Aqui há domesticação, adestramento. Os vilões não devem morrer, mas se tornarem a própria força, seus aliados, seus pets. E quem são estes vilões?


Os instintos são impulsos internos que geram ações animais; eles vêm do cérebro reptiliano, o qual é responsável pelas ações mais inconscientes e inconsequentes, voltadas à necessidade animal de sobrevivência. Esse arcano convida a desenvolver suas habilidades de autoliderança; a melhorar a forma como se comunica, a forma como lida com as informações e situações cotidianas, a forma como conduz a sua energia, entre outras coisitas mais no intuito de domar seus aspectos mais ásperos, rudes e instintivos; passando assim a reagir menos às circunstancias e situações e a ter ações mais conscientes diante delas.

Quais vilões ou feras em você precisam dessa domesticação? Essa carta convida a adestrar-se, porém nada de chicotes! Aqui esse movimento é mais uma mudança de postura, e como estamos falando de você e de seus monstrinhos – de não-violência também. Muda a gerência! Troca o comando! Foco no autogerenciamento emocional, mental, energético. Hora de realizar os trabalhos que colocarão seus “pets internos” na suas devidas casinhas.

Junto! Rola! Finge de morto! Pega a bolinha!

Você tem um animal dentro de você pedindo para ser domado. Ele está te desafiando, tentando te dominar e impedindo – sabotando – seus avanços. Cabe a você mudar essa realidade, colocando amor, suavidade, inteligência, honra, carinho e delicadeza acima desses instintos, vilões e selvagerias. Esta é a proposta dess’A Força – que ela esteja com você.

 

08♦ Oito de Moedas


Você é o herói da jornada, o vilão e também o escritor; sendo quem faz a história; quem diz como será a batalha, onde será e todo o enredo! Você define o herói e o vilão. Então vai focar em quem?

Você forja o herói que quer ser. E o herói que pode ser. E o herói que você pode ser, só você pode sê-lo. O que você tem a oferecer ao mundo, só você pode oferecer. Ninguém é igual a você, então sua forma de fazer, de contribuir também é única. Enfim você é único e tem um papel único a ser exercido.

Seja você. Forje o herói que é. Forje a sua felicidade. Forje a sua história. É o recado desse oito. E lembre-se: você tem a força!

 

03♣ Três de Bastões

Bem, você só vai descobrir se fizer. Você só será, sendo. Há uma decisão a ser feita: seja ou não seja. Como diria mestre Yoda: “Tentar não. Faça, ou não faça! Tentativas não há.”. Não faça por obrigação, nem com incredulidade; não seja por coação, nem com descrença – não dê permissão às falhas! Olha, olha o caminhão da condescendência passando aqui na sua rua! Se dê completamente ou nem se dê ao trabalho.

Tentar significa buscar elementos para fazer algo e geralmente esta busca acaba em justificativas para o que não se conseguiu fazer. Ou seja, tentar geralmente termina em desculpas – não dê permissão às falhas! Já fazer é empreender uma ação direta. Mesmo que ao fim desta ação, não se consiga o resultado esperado, o aprendizado gerado nela é muito maior do que apenas uma tentativa. Por isso, não há tentativas! Você não é um resultado, mas uma jornada.

Assim, se for pra chuva, molhe-se! Coloque propósito nas suas ações. Pare de tentar e engaje-se em seus atos! Engaje-se à sua vida e aos seus sonhos! Largue as tentativas; faça, seja e engaje-se – ou nem desça pro play! É o que lhe diz esse três.

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Como estou fazendo o que faço?

 


03 Três de Moedas

Medíocre = de qualidade média, mediano; que está aquém das demais pessoas.

“Os espíritos medíocres comumente condenam o que está além do seu alcance”.

La Fontaine

Saia da mediocridade! Hora de ir mais fundo, ou mais alto. Autorrealização, trabalho, aperfeiçoamento dos talentos são possíveis temas dessa carta. Aqui não é sobre o que se faz, mas o como se faz o que se faz.

Esse três convida a perceber isto: como estou fazendo o que faço? Como faço meu trabalho? Como lavo a louça, ou outras tarefas domésticas? Como gasto meu dinheiro? Como me relaciono com as pessoas? Como estudo? Como vivo a vida?

Percebendo como anda fazendo o que se faz; pergunte-se: é possível fazer melhor? Lavo a louça da melhor maneira? Como posso melhorar a forma como me relaciono? Como posso ser um vizinho melhor? Ou um cidadão? Ou uma pessoa? Quais virtudes posso desenvolver mais que me tornariam ainda melhor?

Na fábula de Esopo, A raposa e as uvas, a Raposa desdenha e fala mal do cacho de uvas que não conseguiu alcançar. Antes da tentativa, as uvas pareciam deliciosas, maduras, suculentas. Depois de diversas investidas fracassadas para pegar o cacho delas, estas eram péssimas e azedas.

Assim não desdenhe, nem desista das suas uvas. Saia da média para alcançá-las; melhore-se, qualifique-se, busque formas melhores de ser você – é o conselho de Quinta desse arcano, para hoje, para a semana e para a vida.

sábado, 3 de julho de 2021

Chama o teu Sol!

 


Trio da Semana: O Sol – Quatro de Moedas – Dois de Taças

O Sol

“Here comes the sun do, do, do/ Here comes the sun/ And I say it's all right/ Little darling, it's been a long cold lonely winter”. Trecho da letra de Here Comes the Sun, The Beatles, compositor: George Harrison.


Bem
, lá no hemisfério norte, o sol chegou e é verão. Já aqui, no hemisfério sul, é a vez do inverno. Por isso se pergunte: qual sol tem te aquecido nesta estação? Qual a fonte da sua luz? O que mantém a sua chama acesa? O que anda esquentando internamente todo o frio que está vindo de fora?

Esse arcano te convida a acender o sol em sua vida independente da estação. Pureza. Felicidade. São as pedidas dessa carta. Seja o seu sol. E o sol dos que te rodeiam. Acenda o brilho do seu sorriso. E esquente o calor dos seus abraços.

Sabe aquele clima de comercial de margarina? Só não vá colocar mais margarina na sua vida! Tire as margarinas da vida, seus vasos sanguíneos agradecem! Rsrs... Mas coloque mais “comercial de margarina” sua vida. Coloque o clima desses felizes e emocionantes comerciais nas suas relações, no seu trabalho, na sua casa. Hum... Que delícia! Deu até vontade de comer um pãozinho quente com manteiga! Acompanhado de um cafezinho bem ensolarado.


04♦ Quatro de Moedas


Não controle. Não segure. Não prenda. Tira a mão. Larga! Como canta o poeta baiano: “Não me pegue e não me toque/ Por favor não me provoque/ Eu só quero ver o Ilê passar” (trecho da música do Ilê Aiyê).

Deixe, permita que as coisas passem pela sua vida. Nem tudo precisa ficar. Tudo é passageiro na vida – incluindo cobrador e motorista! Nem tudo fica.

Nem você fica! Olhe seus álbuns de fotografias. Perceba quantos “vocês” você já foi. Perceba quantas versões de crianças já foi, quantas versões de adolescentes e por aí vai. A cada minuto um você se vai e um novo você chega. As células do seu corpo são renovadas constantemente. As células do fígado se renovam numa media de 150 a 500 dias. Imagina só quantos fígados você já teve? Você não fica, nem permanece, nada em você fica ou permanece; por que os outros, as coisas deveriam ser diferentes?

E ainda tem mais, esse corpo aí que você carrega, nem é seu! Ele é só um veículo que você pegou emprestado para poder viver uma existência material. Contudo você não é material! Na verdade, nada é seu. Assim, pare de querer possuir o que não se possui e deixe o Ilê passar por aí. Deixe o que tiver de passar, passar. Solte.

Solte o controle. Solte os risos e as lágrimas; o que ama e o que teme. Solte as coisas, o outro e a si mesmo. É o que esse quatro recomenda.

02♥ Dois de Taças


Conflito de interesses. Desorientação. Medo. Confusão. Desânimo. Podem estar sorrateiramente – ou nem tão sorrateiro assim – rondando suas energias e ânimos. Não caia nesta roubada de vibrar em concordância com essas forças!

Faz que nem o quatro falou mais acima, e: solta tudo isso! Larga! Pare. Respire. Volte três casas e refaça as jogadas desse jogo da vida. Se for possível. Adie decisões para momentos em que estiver mais disposto. A lua está minguante é provável que sua energia também. Espera a lua passar também!

Alinhe-se a seu momento. Tudo bem se você estiver meio borocoxô. Mas nada de dramas e determinismos. Perceba sua borocoxice e busque formas para mudá-la. Não aceite borocoxismos! É o que lhe diz esse dois.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Jardine-se!

 


O Imperador

Concentre-se para dar forma aos seus sonhos.

Organize-se para conquistar novos territórios.

Discipline-se para manter o que já é seu.

Hora de transformar seus terrenos baldios em jardins; em espaços planejados, em áreas em que houve algum tipo de planejamento paisagístico.

Assim sendo quais áreas estão sem planejamento? Quais projetos estão abandonados? Quais áreas da sua vida ou em você estão sem cultivo, abandonadas, inutilizadas? Onde as ervas daninhas tomaram conta? Quais plantas precisam de poda? E o solo? Como está a adubação, a irrigação dele? Seus solos estão ácidos ou básicos demais? O que nasce nele? Ou nem nasce mais? Seus solos estão envenenados de tanto agrotóxico? Quais terrenos estão agrestes demais? Onde está árido ou onde está pantanoso?

Esse imperador o convida a se cultivar, a ordenar com beleza e amor seus territórios e propriedades. A organizar e estruturar melhor seus domínios. A melhorar sua automanutenção. Ele pede que se lembre do quanto se empenhou para estar onde está. E que perceba se suas estruturas o estão dando suporte para seu crescimento ou criando autoprisões.



Esse imperador lhe propõe a ver onde o viver te endureceu, onde você está muito rígido, endurecido e apenas esfarelar. Granule e seja solo, terra, barro fértil. O chão que possibilita caminhadas, jornadas. O chão de um jardim acolhedor para plantas e animais. Organize-se, ordene-se para que a beleza e o amor brotem de suas estruturas e sejam o imperador do seu mundo.

Precisamos de mais amor próprio

  VI – Os Enamorados Precisamos de mais amor próprio. Abrace-se.  Por quê? Porque sem amor próprio andamos em círculos, já com amor pr...