II — A Sacerdotisa
Íntimo Silêncio.
Íntimo Sagrado.
Mergulhar em sua intimidade... Nadar
intimamente em si mesmo, em seus mistérios, em suas místicas porções...
Cuidado! Pois aqui a razão não faz
mais sentido. Se você é racional demais, terá de soltar esse apego mental.
Deixe a mente para trás, aqui; neste
espaço íntimo de si mesmo, a mente não é tão necessária. Relaxe, não tem mente,
porém ainda há você.
Aqui é o outro lado, o lado oculto
de si mesmo, a não-mente.
Aqui, as águas são outras e a mente
não funcionará nestes mares, pois aqui funciona uma sabedoria irracional – o
que para a sua mente é um absurdo.
Permita que o absurdo exista. Em você
até.
Solte a necessidade de certo e
errado. Aqui não há esta necessidade.
Deixe a mente. Deixe os sentidos –
os cinco – até porque aqui é outro mundo, além de tudo isso. É mais profundo.
Ou mais alto. Ou mais para o lado... Mais além enfim, talvez metafísico?
Deixe o eu. Todos eles. Deixe-se.
Mergulhe. Ou voe. Afunde-se. Intimamente.