terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

SOCORRO! ESTÃO ME ATACANDO!

 


O corpo é coberto por um órgão, a pele. Esta pele o reveste e o individualiza, separa e o protege do mundo externo a ele. Ela regula a maior parte das relações do meio intra com o extracorporal.

A mente também cria uma “pele” para essa construção abstrata que condicionamos como Eu. E, com o tempo, essa “pele” se cristaliza, tornando-se uma casca, uma armadura; formando a ideia de que somos seres separados de tudo, que somos frágeis e que tudo exterior ao Eu é perigoso.

Em nossa sociedade, muito se gira em torno de proteção. Senhas. Criptografias. Cofres. Grades. Cercas. Muros. Cadeados. Armas. Prisões. Correntes...

É preciso se defender. A vida é uma luta e se está sempre em guerra. E não se faz guerras sem adversários. E parece sempre haver uma. E parece não faltar inimigos também.

Essa ideia de separação e risco é tão forte no ser humano que até onde não precisaria haver brigas, cria-se a necessidade de uma. Guerreia-se e mata-se até em nome de Deus e de deuses.

Sem esse senso de ameaça, como viveria a minha vida?

Se eu não precisasse criar tantas defesas, como viveria a minha vida?

Toda essa energia que gasto me defendendo, onde a colocaria se não precisasse me defender tanto? Quanto tempo gasto me defendendo? O que faria com esse tempo, se não precisasse me defender de tudo e de todos?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Precisamos de mais amor próprio

  VI – Os Enamorados Precisamos de mais amor próprio. Abrace-se.  Por quê? Porque sem amor próprio andamos em círculos, já com amor pr...