domingo, 21 de agosto de 2022

Algo chegou ao fim, e agora; José, Maria?

 

10♠ Dez de Espadas

Acabou! Desapegue, solte, portanto... “(...) A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?” (José, Carlos Drummond de Andrade).

Algo chegou ao fim, e agora; José, Maria? Se estava bom ou ruim, não importa mais; pois acabou. Aceite, ou concorde... Nada é por acaso e tudo é passageiro mesmo.

Viva o luto do que se foi, do que acabou, do que morreu, do que não ficou, do que se quer começou; mas não apenas sofra. Não seja apenas uma vítima da dor. Também a observe e ouça o que ela diz sobre o Você que sofre.

Pois, por maior que seja essa dor, nem tudo em você é dor.

Olhe para o que te faz sofrer, para suas não aceitações e concordâncias. Tudo o que você sente é seu – mas o que você sente não é você.

Isso que dói, ou que acabou acende o que em você? Está mostrando o quê: carência? Medo? Posse? Raiva? Inveja? Injustiça? Apego? Ignorância? Escassez? Desejo?

Onde começa essa dor? Tire os véus da culpa, dos julgamentos e apenas olhe para o Você que dói.

Aqui observamos não atrás de culpados; não julgamos, nem criticamos; mas observamos atrás de entendimentos que desmascararão identificações errôneas. Aqui iluminamos nossas emoções e sentimentos, e os levamos para fora de nossas cavernas escuras, pois o sol nasce para todos, não é mesmo?

Olhe, observe-se e solte e... Respire. Não, respire mesmo.

Respire de verdade, com propósito. Respire de propósito.

E solte. Respire... Percebe? Não há dor na respiração pura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Precisamos de mais amor próprio

  VI – Os Enamorados Precisamos de mais amor próprio. Abrace-se.  Por quê? Porque sem amor próprio andamos em círculos, já com amor pr...