Não sou mais o ontem, e nem sou
ainda o amanhã. Não sou o antes mais, e nem o depois.
Sou a exata passagem; nem mais, nem
menos: o meio! O crepúsculo, o instante exato; sem tirar, nem pôr...
Os opostos se mesclando, o laranja...
nem dia, nem noite; nem amarelo, nem vermelho. Com meus polos se diluindo,
imiscuindo, num psicodélico caleidoscópio...
Uma pedra de gelo escorregando numa
chapa quente: água sólida e líquida e gasosa ao mesmo instante chiadamente.
Sou uma desidentificação... Não a
morte ainda, mas o morrendo e o nascendo concomitantemente.
Não a borboleta ainda. O casulo,
todavia, e nada mais.
O meio. Metamorfose metabólica e
nada mais.
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