segunda-feira, 24 de outubro de 2022

mas o morrendo e o nascendo

 

XII – O Pendurado

Não sou mais o ontem, e nem sou ainda o amanhã. Não sou o antes mais, e nem o depois.

Sou a exata passagem; nem mais, nem menos: o meio! O crepúsculo, o instante exato; sem tirar, nem pôr...

Os opostos se mesclando, o laranja... nem dia, nem noite; nem amarelo, nem vermelho. Com meus polos se diluindo, imiscuindo, num psicodélico caleidoscópio...

Uma pedra de gelo escorregando numa chapa quente: água sólida e líquida e gasosa ao mesmo instante chiadamente.

Sou uma desidentificação... Não a morte ainda, mas o morrendo e o nascendo concomitantemente.

Não a borboleta ainda. O casulo, todavia, e nada mais.

O meio. Metamorfose metabólica e nada mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Precisamos de mais amor próprio

  VI – Os Enamorados Precisamos de mais amor próprio. Abrace-se.  Por quê? Porque sem amor próprio andamos em círculos, já com amor pr...