X – Roda da Fortuna
Início, meio e fim... existe um
lugar – e talvez lugar não seja o
termo mais correto para o que quero dizer aqui – mas há um lugar ou um tempo em
que não temos início, meio e fim; pois sempre existimos e existiremos.
Há uma parte de nós que nunca nasceu
e por isso nunca morrerá, contudo não será por aqui! Não neste corpo em que
estamos navegando, que está em outra embarcação ainda maior, esta linda bola
azul – o planeta Terra. Por aqui tudo tem início, meio e fim.
Nenhuma novidade nessa ideia, certo?
Todavia – apesar de termos
consciência desse ciclo – ainda assim sofremos; seja ansiando por inícios que
não chegam; temendo por finais com perdas ou infelicidades; ou nos martirizando
por situações que “insistem” em permanecer acontecendo.
Na vida, aqui – de uma forma geral –
estamos todos em alguma parte do meio desse ciclo. Nas áreas específicas da
vida, em partes diferentes...
Talvez você esteja iniciando um
relacionamento amoroso; ou já comemorando bodas de alguma coisa dele; ou esteja
abraçado a um pote de sorvete para lidar com o final de um.
E na área profissional? Talvez
esteja se aposentando, ou indo a uma entrevista de emprego, ou iniciando um
negócio próprio, ou há tempos num emprego que não faz sentido algum pra sua
vida além de pagar seus boletos. E por aí vai.
Sendo assim, como estão seus ciclos?
Em que fase eles estão – início, meio ou fim? E há dor neles? E esta dor é por
que algo começou, terminou ou está acontecendo?
Tudo aqui está começando,
acontecendo ou acabando. Qual a dor desta alternância? E essa dor está no ciclo
em si ou é agregada a ele?
Não há nada de errado com a dor, mas
há várias formas de vivê-la...
Um adulto com dor buscará a causa
para saná-la. Já um adolescente com dor buscará uma forma imediata de se livrar
dessa dor. A criança com dor chorará chamando o papai ou a mamãe para curar o
dodói.
Fingir que uma dor não existe ou
tentar se esconder dela também são atitudes da criança. Não assumir
responsabilidade também, pois ser adulto é se responsabilizar por si e pelo que
acontece.
Como você está lidando com as suas
dores e ciclos? Como o adulto, o adolescente ou a criança?
É possível lidar melhor com essas
impermanências cíclicas e suas dores? Como viver esses ciclos com mais
consciência? O que mais é possível e não se está vendo, escolhendo e sendo perante
essas impermanências?
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