terça-feira, 11 de outubro de 2022

Impermanências

 

X – Roda da Fortuna

Início, meio e fim... existe um lugar – e talvez lugar não seja o termo mais correto para o que quero dizer aqui – mas há um lugar ou um tempo em que não temos início, meio e fim; pois sempre existimos e existiremos.

Há uma parte de nós que nunca nasceu e por isso nunca morrerá, contudo não será por aqui! Não neste corpo em que estamos navegando, que está em outra embarcação ainda maior, esta linda bola azul – o planeta Terra. Por aqui tudo tem início, meio e fim.

Nenhuma novidade nessa ideia, certo?

Todavia – apesar de termos consciência desse ciclo – ainda assim sofremos; seja ansiando por inícios que não chegam; temendo por finais com perdas ou infelicidades; ou nos martirizando por situações que “insistem” em permanecer acontecendo.

Na vida, aqui – de uma forma geral – estamos todos em alguma parte do meio desse ciclo. Nas áreas específicas da vida, em partes diferentes...

Talvez você esteja iniciando um relacionamento amoroso; ou já comemorando bodas de alguma coisa dele; ou esteja abraçado a um pote de sorvete para lidar com o final de um.

E na área profissional? Talvez esteja se aposentando, ou indo a uma entrevista de emprego, ou iniciando um negócio próprio, ou há tempos num emprego que não faz sentido algum pra sua vida além de pagar seus boletos. E por aí vai.

Sendo assim, como estão seus ciclos? Em que fase eles estão – início, meio ou fim? E há dor neles? E esta dor é por que algo começou, terminou ou está acontecendo?

Tudo aqui está começando, acontecendo ou acabando. Qual a dor desta alternância? E essa dor está no ciclo em si ou é agregada a ele?

Não há nada de errado com a dor, mas há várias formas de vivê-la...

Um adulto com dor buscará a causa para saná-la. Já um adolescente com dor buscará uma forma imediata de se livrar dessa dor. A criança com dor chorará chamando o papai ou a mamãe para curar o dodói.

Fingir que uma dor não existe ou tentar se esconder dela também são atitudes da criança. Não assumir responsabilidade também, pois ser adulto é se responsabilizar por si e pelo que acontece.

Como você está lidando com as suas dores e ciclos? Como o adulto, o adolescente ou a criança?

É possível lidar melhor com essas impermanências cíclicas e suas dores? Como viver esses ciclos com mais consciência? O que mais é possível e não se está vendo, escolhendo e sendo perante essas impermanências?

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